Vestibular 2026: por onde começar a prova, como controlar o tempo e outras estratégias para aumentar o desempenho
21/10/2025
(Foto: Reprodução) Treinar com provas anteriores e simular o ambiente real de vestibular são estratégias que ajudam a controlar o tempo no dia da prova
divulgação
Por onde começar a prova do vestibular? É melhor deixar as questões mais difíceis por último ou adiar as mais fáceis? A resposta depende de cada candidato, mas a decisão pode influenciar no rendimento e até no resultado final.
Segundo o professor Wander Azanha, diretor do Cursinho Pré-Vestibular Oficina do Estudante, não existe uma fórmula universal. O segredo está em conhecer o próprio ritmo e testar estratégias antes do dia da prova.
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Ao g1, ele deu dicas sobre como se organizar em provas como a da Unicamp, que terá a primeira fase neste domingo (26). Nesta matéria você encontra:
O que fazer nos primeiros minutos da prova
Como descobrir por onde começar
Entenda o tempo e o formato de cada vestibular
Redação: começar por ela ou deixar para o fim?
Como lidar com as questões difíceis
Atenção ao preencher o gabarito
Aprenda com os erros
O que fazer nos primeiros minutos da prova
Nos momentos iniciais, Wander orienta o estudante a respirar fundo e manter o foco. Ele lembra que o nervosismo é natural e que todos os candidatos estão enfrentando o mesmo desafio. É importante começar com calma, conferindo o material e aplicando a estratégia definida nos treinos. Mudar o plano no meio da prova tende a gerar insegurança e desperdiçar tempo.
Segundo o professor, a preparação também envolve o dia anterior: organizar documentos, separar canetas, escolher o lanche e verificar o trajeto até o local da prova são cuidados simples que evitam atrasos e reduzem a ansiedade.
“Prepare-se para o pior e espere o melhor. Planejar o ritual do dia da prova é tão importante quanto estudar o conteúdo”, resume o professor.
Como descobrir por onde começar
A dica número um, segundo o Wander, é usar os simulados para entender o que funciona melhor para cada pessoa. Neles, o estudante reproduz as condições reais da prova e percebe se rende mais começando por áreas específicas, intercalando blocos ou seguindo a sequência natural.
O professor ressalta que, durante os simulados, o candidato deve reproduzir as condições reais da prova, com tempo cronometrado, número exato de questões e ambiente silencioso. Essa prática ajuda a identificar o próprio ritmo e a definir uma sequência de resolução confortável.
📖 Ele reforça ainda que o estudante precisa manter consistência: a estratégia testada deve ser a mesma no dia oficial, sem mudanças de última hora. Alterar o plano em meio à prova pode gerar ansiedade e comprometer a concentração.
"Mesmo que você faça assim. Eu quero fazer do início ao fim. E pule as três primeiras questões. Respira. O seu plano não mudou. Você vai fazer de cabo a rabo? Continue. Não mude o seu plano no meio da prova. Porque você vai ficar mais nervoso ainda", comentou Wander.
Entenda o tempo e o formato de cada vestibular
Segundo Wander, cada exame tem um formato diferente, e isso muda a estratégia. Provas como a da Unicamp, Fuvest, Unesp e Enem variam em número de questões e duração, o que influencia diretamente o ritmo do candidato.
⏰ Confira a média de tempo para realizar cada questão nos vestibulares:
Unicamp: 72 questões em 5 horas — cerca de 4 minutos por pergunta
Fuvest e Unesp: 90 questões em 5 horas — pouco mais de 3 minutos por pergunta
Enem: inclui redação no primeiro dia, o que exige ainda mais controle
Na Unicamp, prova em que as questões costumam vir agrupadas por áreas, o candidato pode optar por começar pelas disciplinas que domina. Já na Fuvest, onde as perguntas são misturadas, o ideal é seguir uma ordem contínua para não perder tempo escolhendo.
Wander reforça que iniciar pela matéria de maior afinidade costuma ser uma boa escolha. Isso porque o aluno ganha confiança e ritmo logo no início, o que ajuda a enfrentar as partes mais difíceis depois. Começar por conteúdos de maior dificuldade pode gerar cansaço precoce e prejudicar o desempenho.
Já no caso do Enem, ele recomenda iniciar pela redação e, depois, alternar por blocos. Por exemplo, fazer 15 questões de matemática e depois 15 de natureza, para evitar o desgaste mental.
"Não dá para ter a mesma estratégia em todas as provas, cada uma é uma, não dá para fazer a mesma coisa sempre, por isso os simulados, eu volto a bater nessa tecla, são importantes demais, cada prova tem o seu estilo, cada prova demanda uma estratégia diferente, cada prova vai ter o tempo diferente ", comentou.
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Redação: começar por ela ou deixar para o fim?
Nas provas em que há redação, como no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma das maiores dúvidas dos vestibulandos é sobre o momento de fazer a redação. O professor recomenda que o candidato comece por ela, especialmente porque o texto tem grande peso na nota final.
“Sua cabeça está livre. Começou a fazer a prova, não está cansado. Eu acho que fazer a redação primeiro, pelo menos o rascunho, eu acho importante”, comenta.
Por outro lado, Wander destaca que quem prefere resolver as questões primeiro também pode adotar essa tática, desde que tenha um controle preciso do tempo. O ideal é saber, por meio do treino, quantos minutos são necessários para escrever e revisar a redação com tranquilidade.
Como lidar com as questões difíceis
Encontrar perguntas complexas logo no começo é algo esperado, mas o segredo está em não se desesperar. Wander aconselha que o candidato pule imediatamente as que não souber resolver e retorne a elas no fim da prova.
⚠️ A insistência em uma única questão pode custar um tempo precioso. Ao gastar cinco minutos em um problema sem solução, o aluno deixa de responder duas ou três perguntas que poderia acertar facilmente. Por isso, é fundamental controlar o tempo e manter a mente tranquila.
Uma dica prática é marcar as questões em branco com símbolos simples, como asteriscos ou interrogações, para facilitar o retorno. Essa organização ajuda a evitar confusões e garante que nenhuma parte da prova fique esquecida.
“Ele tem que manter a calma e entender que pular também faz parte do jogo. Então, começou a ler a questão, a coisa complicou um pouquinho, lembre-se, três minutos em média. Começou a ler, está gastando um minuto, um minuto e meio, dois, três, e não resolveu a questão, melhor pular”, orienta.
Atenção ao preencher o gabarito
De acordo com Wander, além da má gestão do tempo, outro erro recorrente e que costuma custar caro ao candidato é preenchimento do gabarito com pressa.
O professor explica que muitos estudantes perdem pontos preciosos por distração na hora de marcar as respostas. Por isso, é importante reservar os minutos finais para preencher o cartão com calma, revisando as alternativas uma a uma para evitar erros.
Aprenda com os erros
Segundo o professor, os simulados são a base do sucesso na prova. Ele recomenda que, nesta reta final, quem ainda não praticou dessa forma faça provas antigas das universidades escolhidas, cronometrando o tempo total do exame.
Contudo, mais importante do que o número de acertos é analisar os erros. Wander diz que esse processo permite corrigir falhas de interpretação ou de estratégia e evitar que se repitam no vestibular.
“Mais importante do que saber quantos pontos eu tirei é saber quantos pontos eu não tirei. Para que você vá atrás das questões que você errou, e assim consiga, de repente, salvar mais uma, duas, três, dez questões, porque você sabia aquilo e não conseguiu pensar na hora", explicou Wander.
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