Telemarketing é opção para primeiro emprego e oferece chance de crescimento na carreira
07/12/2025
(Foto: Reprodução) Telemarketing pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho
Divulgação/Prefeitura de Mogi das Cruzes
Para quem busca o primeiro emprego, o telemarketing pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho. A área oferece boas chances de crescimento na carreira e, normalmente, não exige experiência no início.
Mas ela impõe alguns desafios para os candidatos. Entre eles estão o estresse e os diferentes tipos de clientes.
A rotina no telemarketing inclui o contato com os clientes para vender produtos e serviços, oferecer suporte, efetuar cobranças, esclarecimento de dúvida e solucionar problemas.
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Entre as qualidades exigidas para a função estão comunicação eficaz, empatia e saber trabalhar sob pressão.
O salário é inicial é de R$ 1.518 e pode ultrapassar os R$ 3 mil se o profissional alcançar outros cargos na área. Para trabalhar no setor é preciso ter ensino médio completo e mais de 18 anos.
"Geralmente, a primeira semana envolve treinamento do produto e do sistema que a empresa utiliza. Então, ele não vai precisar ter conhecimento de pacote office", explica a gestora de recurso humanos, Aline Zaniboni, de 38 anos.
Aline aponta que o estresse é uma das barreiras que o profissional enfrenta na área. E para vencer essa dificuldade, ela aconselha que o profissional seja paciente para ter sucesso.
"É ter paciência para lidar com os clientes. Muitas vezes a pessoa liga na central de atendimento nervosa. Nessas horas é preciso ter jogo de cintura para reverter a situação. São pessoas reclamando ou buscando comprar algum produto. Ele precisa saber lidar com o estresse desse cliente", explica Aline.
Ela destacou ainda outros pontos que ajudam os jovens profissionais a se destacarem na área. "É preciso se relacionar bem, saber ouvir não e seguir regras", descreve.
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Mateus Soares de Barros, de 23 anos, conhece bem esse processo. Ele começou a atuar na área em 2020 e atualmente trabalha como supervisor operacional em uma empresa do setor de telemarketing em Mogi das Cruzes.
A função exige que ele acompanhe os resultados e passe orientações para a melhoria do atendimento. Barros também é responsável por realizar campanhas para incentivar os operadores. Os colaboradores são divididos por equipes que têm de 25 a 30 integrantes, em média.
"É uma boa opção, porque você lida com problemas diários e aprende a ter responsabilidade, além de outros fatores", disse o profissional.
O jovem trilhou um longo caminho até chegar ao cargo atual. Ele iniciou a carreira na empresa como agente de processo, depois passou para o setor de atendimento em 2022 e onde ficou até 2023. E depois fez um outro processo na empresa para a vaga que ocupa atualmente.
"Por mais que pareça ser difícil no começo, esse comprometimento traz bons aprendizados. Talvez as pessoas não tenham essa visão. Não deve se apegar onde está. É preciso buscar algo a mais. Alguns produtos exigem mais atenção e muitas pessoas acabam não se adaptando", orienta Mateus.
Sobre a constante entrada e saída dos funcionários, ele avaliou que vários fatores influenciam nessa rotatividade. "Muitos têm empregos temporários. Temos muitos pedidos de desligamentos e há também as demissões por performance, mas ainda é menor, e por isso acaba dando essa rotatividade", explicou.
Oportunidades no mercado de trabalho
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mogi das Cruzes, pelo menos duas grandes empresas de call center atuam na cidade. Elas estão concentradas no Centro, Mogilar e César de Sousa.
Segundo a pasta, as duas empresas geram, em média, 100 vagas de emprego por mês na cidade.
Na avaliação da secretaria o setor de telemarketing é o que mais oferece oportunidades pelo Emprega Mogi. A pasta destacou que a rotatividade, a constante demanda por operadores e a instalação de grandes estruturas das duas empresas colocam Mogi das Cruzes como um polo importante de geração de empregos no segmento.
Emily Priscila Costa de 20 de anos é operadora de telemarketing. Ela considera a função como uma boa opção para o início da trajetória profissional. "As pessoas deixam a escola sem nenhuma experiência. Acho que o telemarketing é bom começo. Conheço muitos que cresceram e hoje exercem cargos de coordenador".
No entanto, Emily sabe que a área tem algumas desvantagens, como o salário. "A profissão é muito mal vista e isso impede de subir esse salário. Creio que poderia ser melhor."
Outro empecilho apontado pela jovem é o olhar do público para a profissão. Para ela, falta empatia por parte dos clientes.
"Esse é o maior desafio do telemarketing hoje. Muitos acham que por estarem atrás do telefone podem falar o que quiser. É um profissional do outro lado, merece respeito. O principal hoje em dia é isso", finalizou.
Confira as vagas de emprego disponíveis em Mogi das Cruzes nesta quarta-feira
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