Projeto Formigas-de-embaúba transforma escolas em oásis urbanos

  • 12/05/2025
(Foto: Reprodução)
Com base no método Miyawaki e na cultura dos povos tradicionais, o projeto leva educação ambiental e regeneração ecológica a territórios esquecidos. Plantio da minifloresta de comida no CEU Parque Novo Mundo Tuane Fernandes/Formigas-de-embaúba Em 2019, o projeto Formigas-de-embaúba nasceu da necessidade de oferecer respostas concretas à emergência climática, especialmente nos territórios urbanos mais vulneráveis, e da paixão de um grupo de pessoas que já trabalhava com educação, ecologia e comunidades e que acreditava na potência de plantar florestas nas cidades com crianças. No Avistar 2025, a iniciativa participa do Fórum “Observai”, promovido pelo Terra da Gente, para apresentar seu trabalho como exemplo de educação ambiental conectada à regeneração ecológica das cidades. A palestra apresentando o trabalho será no sábado (17/05) às 10h45. A entidade promove a educação ambiental por meio do plantio coletivo de miniflorestas em escolas e espaços públicos de São Paulo e do interior Tuane Fernandes/Formigas-de-embaúba A entidade promove a educação ambiental por meio do plantio coletivo de miniflorestas em escolas e espaços públicos de São Paulo e do interior, envolvendo as comunidades locais na construção de soluções para o clima, o bem-estar e a segurança alimentar. Inspirado no método Miyawaki - técnica de reflorestamento que permite criar florestas de crescimento rápido e alta biodiversidade - e em saberes dos povos tradicionais brasileiros, o projeto transforma espaços urbanos em áreas de convivência, sombra e aprendizado. “Queríamos trazer a regeneração de ecossistemas para dentro das escolas públicas e inserir as mudanças climáticas nos currículos, mesmo quando esse ainda era um tema visto como distante. Desde então, a organização plantou mais de 35 miniflorestas com cerca de 25 mil árvores, criando oásis urbanos mais frescos e vivos, com alimentos, sombra e vida onde antes só havia concreto”, diz Rafael Ribeiro, diretor de Parcerias e Plantios da formigas-de-embaúba. Dentro das escolas, cada grupo de estudantes passa por um percurso pedagógico com seis vivências ao ar livre ao longo de um semestre Tuane Fernandes/Formigas-de-embaúba Educação ambiental O método Miyawaki foi adaptado pela organização para se encaixar na Mata Atlântica urbana, incorporando princípios da agricultura sintrópica e dos saberes populares. As miniflorestas são plantadas de forma adensada, com até três mudas por metro quadrado, combinando espécies nativas, frutíferas e medicinais. A iniciativa monitora os impactos ambientais e sociais das florestas de forma contínua, medindo o crescimento das árvores, a diversidade de espécies, os efeitos no microclima e realizam escutas com professores, estudantes e moradores. As miniflorestas têm papel fundamental na educação ambiental ao transformarem-se em salas de aula ao ar livre Tuane Fernandes/Formigas-de-embaúba Essas miniflorestas oferecem uma série de benefícios socioambientais que vão muito além da paisagem verde. Elas ajudam a reduzir as ilhas de calor, melhoram a qualidade do ar e diminuem a poluição sonora, criando microclimas mais saudáveis e agradáveis para a convivência, contribuem para a infiltração e o armazenamento da água da chuva, amenizando impactos de enchentes e fortalecendo o ciclo da água nas cidades. Além disso, também produzem alimentos para pessoas e animais, aumentam a biodiversidade ao formar pequenos corredores ecológicos e têm papel fundamental na educação ambiental ao transformarem-se em salas de aula ao ar livre. São espaços que sensibilizam as comunidades para a urgência da regeneração dos ecossistemas e promovem saúde, aprendizado e reconexão com a natureza no cotidiano urbano. Essas miniflorestas ajudam a reduzir as ilhas de calor, melhoram a qualidade do ar e diminuem a poluição sonora Tuane Fernandes/Formigas-de-embaúba “Em bairros marcados por concreto e déficit de natureza, as miniflorestas oferecem um respiro — um modo acessível, replicável e coletivo de preparar as cidades para os impactos das mudanças climáticas”, informa Rafael Ribeiro. Dentro das escolas, cada grupo de estudantes passa por um percurso pedagógico com seis vivências ao ar livre ao longo de um semestre, sendo elas respectivamente: leitura do mundo, a floresta e o clima, descobrir o solo, despertar o olhar para as sementes, plantio da minifloresta e cuidados com a minifloresta. “Os relatos dos professores são muito positivos. Muitos dizem que o vínculo dos estudantes com a escola mudou depois do plantio. A maioria das pessoas se encanta e se envolve. As crianças voltam ao espaço todos os dias, regam, colhem, cuidam”, explica o diretor. O projeto A escolha do nome carrega uma alusão entre cooperação e regeneração. A embaúba, que é uma das primeiras árvores a crescer em áreas degradadas, abriga em seu interior uma espécie de formiga que forma uma parceria ancestral: as formigas protegem a embaúba de predadores e, em troca, recebem alimento e abrigo. “Inspirados por essa relação simbiótica, escolhemos esse nome para expressar nossa proposta: agir como formigas que, juntas, regeneram territórios frágeis. Plantamos onde ninguém espera uma floresta — e ali começa um novo ciclo”, explica Rafael. Um ano após a criação, em 2020, a Formigas-de-embaúba foi uma das dez organizações da sociedade civil selecionadas pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) para implementar, no Brasil, ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Plantio de minifloresta de Mata Atlântica no CEU Parque Novo Mundo Tuane Fernandes/Formigas-de-embaúba Dois anos depois, em 2022, passou a integrar dois importantes coletivos: o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que reúne esforços em prol da recuperação desse bioma, e a rede global de miniflorestas Miyawaki da SUGi, conectando experiências de reflorestamento urbano em diferentes partes do planeta. No ano seguinte, o projeto foi reconhecido como uma das 12 principais organizações do mundo no enfrentamento da emergência climática, segundo o Green Changemakers Challenge, promovido pela Ashoka Global. Planos futuros Desde 2021, a instituição desenvolve juntamente ao MapBiomas uma frente de mapeamento de imagens de satélite que já identificaram mais de 650 escolas públicas com áreas aptas para o plantio de miniflorestas só na Grande São Paulo. “Esse trabalho tem sido fundamental para planejar a expansão e orientar políticas públicas. Agora, estamos discutindo com o próprio MapBiomas, universidades e outras organizações a ampliação desse trabalho com uso de inteligência artificial e estratégias de replicação em escala”, diz Rafael. Fórum Observai Participe do Fórum Observai de Educação Ambiental, Avistar-Terra da Gente. Faça sua inscrição no site avistarbrasil.com.br. O Avistar é gratuito, mas o acesso ao Jardim Botânico (local do encontro) requer ingresso. Clique aqui para acessar o site do evento e adquirir seu ingresso. *Texto sob supervisão de Lizzy Martins VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2025/05/12/projeto-formigas-de-embauba-transforma-escolas-em-oasis-urbanos.ghtml


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