Pessoas que vivem juntas sem se casar representam mais de um terço das uniões em Ribeirão Preto, diz IBGE

  • 08/11/2025
(Foto: Reprodução)
Uniões consensuais superam número de casamentos, segundo IBGE A autônoma Jaqueline Garcia e o representante comercial Augusto Zen moram juntos há dez anos. Desde então, eles dividem o mesmo teto, as contas, os sonhos, mas nunca assinaram nenhum papel. "Desde que a gente se conheceu fez sentido a gente ir morar junto, fez bastante sentido de início e continua fazendo sentido", afirma. Histórias como a de Jaqueline e Augusto são cada vez mais comuns em Ribeirão Preto (SP), onde as chamadas uniões consensuais, ou seja, sem registro no civil nem casamento religioso, já representam mais de um terço de todas as uniões registradas na cidade, segundo o último censo do IBGE. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp De acordo com o levantamento, em 2022, 102,3 mil pessoas ou viviam em união estável ou sem contrato, o que representa 31,6% de todos os relacionamentos do município. Uma proporção que aumentou com relação ao Censo de 2010, quando essa categoria representava 27,8%. Para a psicóloga Danielle Zeoti, esse aumento reflete uma visão sobre o que representa a união fora do casamento, como algo menos formal e burocrático. "Isso é um reflexo de como as pessoas vivem hoje, o amor de uma maneira líquida e mais fugaz. Eles querem sim companheirismo, mas a qualquer momento, se esse companheirismo se romper, cada pessoa vai para o seu lado", diz. União estável, sem registro em cartório ou cerimônia religiosa, representa mais de um terço dos casais em Ribeirão Preto (SP), aponta IBGE Reprodução/EPTV Aumento de uniões Os números do IBGE mostram que, entre 2010 e 2022, cresceu a proporção de pessoas que, de uma maneira geral, optaram por viver ao lado de outra pessoa. Há 15 anos, 49,7% dos moradores viviam em algum tipo de relacionamento com moradia compartilhada, enquanto que, no levantamento mais recente, essa parcela subiu para 52,11%. Isso representa mais de 323,6 mil pessoas, em sua maioria (47,6%) unidas tanto no casamento civil quanto no religioso com mais de 154 mil moradores. Na sequência, aparecem as que optaram pela união consensual, ou seja, sem cartório nem igreja, com mais de 102,4 mil pessoas, 31,6% do total. Os que optaram somente pelo casamento civil representam quase 20%, com 64.302 pessoas. Outras 2,7 mil pessoas - o que equivale a menos de 1% dos casos - se casaram somente no religioso. "O fato de ter o papel não faz diferença pra gente. A gente vai continuar unido, juntos, lutando, crescendo, independente do papel em si, dessa formalidade. Pra mim o casamento passa a ser só uma formalidade, que não vai fazer diferença", afirma Jaqueline. Augusto, por sua vez, não descarta uma futura formalização, mas acredita que hoje isso não interfere na relação. "A gente tem uma vida igual a qualquer casal que tenha um papel assinado. Com alegria, com tristeza, com problema, tudo é compartilhado, então pra gente não tem esse problema", diz. A autônoma Jaqueline Garcia e o representante comercial Augusto Zen estão juntos há dez anos em Ribeirão Preto em união estável Reprodução/EPTV 'Geração cresceu vendo divórcios' Para a psicóloga Danielle Zeoti, o aumento das uniões consensuais são resultado de mudanças culturais, socioeconômicas e comportamentais de uma geração que cresceu vendo um grande número de divórcios e não querem o mesmo desfecho. "Temos que levar em conta que a geração hoje que prefere a união estável em detrimento do casamento formal ou religioso foi uma geração que cresceu vendo um aumento vertiginoso de divórcios de seus pais, que muitas vezes foram traumáticos, difíceis, e isso ficou no inconsciente dessas pessoas", analisa. A união consensual, por sua vez, atende a uma necessidade afetiva, mas dá uma sensação de autonomia e de flexibilidade que as pessoas não enxergam no casamento convencional. "O casamento no civil ou o casamento religioso traz uma simbologia, além da formalidade legal e religiosa, de que agora é sério, de que agora não pode dar errado. Muitas pessoas dizem 'eu quero me casar para nunca me separar', vou me casar só uma vez na vida', mas as pessoas não dizem 'eu vou morar junto para nunca me separar'." No papel, na igreja, ou sem nada disso, para a psicóloga, o que determina o sucesso de um relacionamento vai muito além das formalidades. "O importante é que haja disponibilidade para relacionar-se. E o que vemos hoje são pessoas indisponíveis para uma relação, muito autovoltadas, o narcisismo gritante com muito medo de rejeição, de abandono e de sofrerem." Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/11/08/pessoas-que-vivem-juntas-sem-se-casar-representam-mais-de-um-terco-das-unioes-em-ribeirao-preto-diz-ibge.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Top 10

top1
1. SAUDADE

JEAN TASSY

top2
2. NOTA 5 ...

FELISHIA

top3
3. TUDO E POSSIVEL ...

CARLAO GUERREIRO DA LESTE E DJ.BIBI..

top4
4. SAI DA BOTA ....

DOW RAIZ ,SOMBRA ,SANDRAO RZO,TIO FRESH

top5
5. SONHEI ...

JEAN TASSY

top6
6. vacilao

HELOISA LUCAS

top7
7. STOP,LOOK LISTEN TO YOU HEART

MICHAEL MCDONALD E TONI BRAXTON

top8
8. A CAMINHADA

CRIS SNJ

top9
9. " LIGACOES "

MERIKI

top10
10. " melhor som "

C!BELLE


Anunciantes