Ex-delegado-geral de SP executado no litoral disse que vivia sem proteção; ouça ÁUDIO

  • 16/09/2025
(Foto: Reprodução)
Ex-delegado executado no litoral de SP disse que nunca foi ameaçado pelo PCC O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros na segunda-feira (15), disse em entrevista a um podcast da CBN e do jornal O Globo que ainda não foi ao ar que vivia sozinho em Praia Grande, no litoral paulista, sem nenhuma proteção ou estrutura de segurança. A conversa aconteceu há duas semanas (ouça áudio acima). “Meu nome é Ruy Ferraz Fontes. Desde 2002, fui encarregado de fazer investigações relacionadas com o crime organizado e, especificamente, com relação ao PCC. Eu não quero... Eu não tenho... eu tenho proteção de quê? Eu moro sozinho aqui, eu vivo sozinho na Praia Grande, que é o meio deles. Hoje, eu não tenho estrutura nenhuma, não tenho estrutura nenhuma...”, diz trecho do áudio. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 SP no WhatsApp Ao ser questionado sobre ameaças do crime organizado, ele afirma: "Nunca. Nunca fui ameaçado". "Teve uma conversa só meio atrapalhada com o Marcola [Marcos Camacho, chefe do PCC], mas nunca teve um desenrolar negativo. Mas nunca, nunca. No mundo do crime, existe uma ética, e essa ética é cobrada, de uma forma geral", completou o ex- delegado. "Em que momento nós instruímos um inquérito policial e inventamos alguma prova contra eles? Se tinha prova, a gente relacionava lá e depois ia depor em juízo para certificar essa prova. Nós não inventamos prova. Então, é a ética", continuou. "Ele é criminoso? Ele pratica crime? Eu sou da polícia, eu investigo. Fiz alguma coisa errada para obter essa prova para investigação? Não", apontou Ruy. No entanto, o delegado lamenta o fato de não ter nenhum tipo de segurança especial, mesmo tendo atuado durante décadas no combate ao crime organizado: "Eu estou aposentado. Eu tenho proteção de quê? Eu moro sozinho aqui, eu vivo sozinho na Praia Grande, que é o meio deles. Para mim é muito difícil. Se eu fosse um policial da ativa, eu estava pouco me importando. Eu teria estrutura para me proteger. Hoje, eu não tenho estrutura nenhuma. Não tenho estrutura nenhuma." Ruy atuou há mais de 20 anos na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado. Foram mais de 40 anos na polícia. A investigação tem duas suspeitas principais para a motivação do crime: Vingança em razão da atuação histórica de Ruy Fontes contra os chefes do PCC Reação de criminosos contrariados pela atuação dele à frente de Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande Ele estava aposentado da corporação e assumiu, em janeiro de 2023, a Secretaria de Administração de Praia Grande. LEIA TAMBÉM: O que se sabe sobre o assassinato do ex-delegado-geral Ex-delegado executado no litoral disse que nunca foi ameaçado pelo crime organizado; ÁUDIO Mobilização total da polícia Ruy Ferraz Fontes foi executado a tiros em Praia Grande, SP Prefeitura de Praia Grande e Reprodução Ruy Ferraz sofreu uma emboscada enquanto dirigia o seu carro na cidade litorânea. Câmeras de segurança gravaram o momento em que criminosos em um carro perseguem o veículo da vítima, que bate em um ônibus. Em seguida, o grupo desembarca do automóvel e atira em Ruy (veja vídeo nesta reportagem). O governador Tarcísio de Freitas determinou mobilização total da polícia com a criação de uma força-tarefa para identificar os assassinos. A força-tarefa, segundo Tarcísio, envolverá o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), principalmente. Ambos os departamentos contam com policiais que têm muitos informantes no crime organizado e que podem ajudar a elucidar a execução de Ruy. Delegado Ruy Ferraz Fontes é executado a tiros em Praia Grande, SP Criminosos atiraram mais de 20 vezes em atentado contra delegado Veja o passo a passo da execução do delegado "Estou em choque, fui o último a falar com ele [por telefone]", disse ao g1 Marcio Christino, ex-promotor . Christino atuou no combate à facção e seus chefes, no início dos anos 2000, ao lado de Ruy, que à época era delegado no Deic, na capital paulista. Atualmente, ele é procurador de Justiça. Formado em direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Ruy se tornou delegado e começou a investigar o PCC no início dos anos 2000. Entre 2019 e 2022, foi indicado pelo então governador João Doria, à época no PSDB, para comandar a polícia. Ele também atuou no DHPP, no Departamento Estadual de Investigações contra Narcóticos (Denarc) e no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). "[Ruy] foi uma das pessoas que prenderam o Marcola ao longo da história do PCC, que esteve passo a passo nesse enfrentamento ao PCC, e ser executado dessa maneira. Isso mostra, infelizmente, o poderio do crime organizado", disse Rafael Alcadipani, professor da Faculdade Getulio Vargas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Infográfico - Dr. Ruy Ferraz é morto a tiros em praia Grande Arte/g1 Ex-delegado-geral de SP é assassinado no litoral de SP

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/16/ex-delegado-geral-de-sp-executado-no-litoral-disse-que-vivia-sem-protecao-ouca-audio.ghtml


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