Caso Porsche azul: mãe de motorista é absolvida da acusação de retirar bebidas do carro de luxo

  • 04/12/2025
(Foto: Reprodução)
Mãe de motorista do Porsche azul é absolvida pela Justiça A Justiça de São Paulo absolveu, por falta de provas, Daniela Cristina Medeiros Andrade, mãe de Fernando Sastre Filho, da acusação de fraude processual no caso do Porsche azul, de grande repercussão. A decisão é de 12 de novembro deste ano. A mulher era ré no processo, mas respondia em liberdade. Em 31 de março de 2024, seu filho dirigia o carro esportivo de luxo e provocou um acidente de trânsito que matou um homem e feriu gravemente outro, na Avenida Salim Farah Maluf, Zona Leste da capital. Desde 6 de maio do ano passado, o empresário está preso, acusado de ter assumido o risco de matar e ferir por beber e dirigir em alta velocidade. Ele aguarda a data do julgamento (saiba mais abaixo). Daniela, que é terapeuta, foi acusada pelo Ministério Público (MP) de aparecer no local do acidente e retirar garrafas de bebidas alcoólicas do Porsche. Segundo a acusação, o objetivo dela seria o de prejudicar a investigação policial sobre o caso e livrar Fernando de uma prisão em flagrante por embriaguez ao volante. Não ficou comprovado se realmente havia garrafas no carro. Nenhuma imagem disso apareceu no processo do caso. "Eu não retirei nada de dentro do carro", disse Daniela, que nega o crime, durante seu interrogatório na Justiça. A audiência foi presencial e gravada em vídeo. O g1 teve acesso ao que a mãe do motorista do Porsche falou (veja vídeo acima). 'Nem cheguei perto do carro', diz mãe Fernando Sastre de Andrade Filho (foto) é o motorista do Porsche envolvido no acidente que matou um motorista por aplicativo. Reprodução/TV Globo Câmeras de segurança, testemunhas e body cams de policiais gravaram o que aconteceu antes, durante e depois do momento em que o Porsche bateu na traseira do Renault Sandero Branco. Ornaldo da Silva Viana, o motorista de aplicativo que estava no veículo, morreu na hora. O amigo de Fernando, o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava como carona no esportivo de luxo, ficou gravemente ferido e foi socorrido. "A minha única preocupação era com as vítimas. Era com meu filho, com Marcus e o senhor Ornaldo", fala Daniela no seu julgamento por fraude processual, em novembro de 2024. "Eu nem cheguei perto do carro." Testemunhas haviam dito aos policiais que o empresário guiava em alta velocidade e estava embriagado quando bateu o Porsche no Sandero. Mas a Polícia Militar (PM) não fez o teste do bafômetro em Fernando, que deixou o lugar a pé com a ajuda da mãe e de um tio que surgiu depois. 'Vamos, Fernando', diz mãe Vídeo: Veja como PMs liberaram motorista de Porsche sem teste do bafômetro Nas imagens das câmeras corporais dos PMs é possível ver Daniela dizendo: "Vamos, Fernando!", para que eles fossem embora. A mulher havia dito aos policiais que precisava levá-lo ao hospital porque o filho havia batido a cabeça (veja vídeo acima). Mas ela não levou o filho a nenhuma unidade médica. Uma testemunhou contou à polícia que viu quando Daniela entrou no Porsche pela porta do passageiro, que estava aberta, e "retirou algumas garrafas de bebidas". Outra testemunha falou que "ouviu barulhos de garrafas", mas não as viu. "Se eu encontrar com ela, não sei quem é", disse a terapeuta na Justiça, ao falar sobre uma das testemunhas que a acusou de mexer na cena do crime. Fraude processual O empresário Fernando Sastre, que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana Reprodução Daniela foi investigada por fraude processual pela Polícia Civil, que relatou o caso. Depois a Promotoria denunciou a mulher por alterar a cena do crime e mexer no Porsche durante o socorro às vítimas, com o objetivo de induzir a perícia e a Justiça a erro. O julgamento de Daniela ocorreu presencialmente e foi gravada na 12ª Câmara Criminal do Fórum da Barra Funda, Zona Oeste. Foram ouvidas novamente as testemunhas que a acusaram. Também houve outros depoimentos. Entre eles de Marcus, que disse que "não viu bebidas dentro do carro nem ouviu barulho de garrafas". Vídeos mostram depoimentos de testemunhas do caso Porsche Apesar disso, o estudante de medicina havia confirmado antes, em seus depoimentos à polícia e à Justiça, entre abril e junho de 2024, que o amigo Fernando bebeu antes de dirigir (veja vídeo acima). Como a juíza Marcela Raia de Sant´Anna considerou os depoimentos das testemunhas contraditórios, ela argumentou que não havia elementos suficientes para comprovar que Daniela retirou garrafas do Porsche _até porque essas bebidas nunca foram encontradas ou apreendidas. "A pretensão punitiva estatal é improcedente. Não há provas suficientes quer da materialidade quer da autoria do delito", escreveu a magistrada sobre a terapeuta. "As provas produzidas nos autos são controversas com relação à ocorrência do crime." Ainda de acordo com a juíza, "há dúvidas quanto à ocorrência do crime a sua autoria, que se resolve em favor da ré". Por esse motivo, julgou a ação "improcedente" e absolveu Daniela. O Ministério Público não recorreu da decisão. O que dizem os citados Traseira do Renault Sandero branco ficou destruída após ser atingida pelo Porsche azul Rômulo D'Ávila/TV Globo Procurados pelo g1, os advogados da terapeuta, Jonas Marzagão, Elizeu Soares de Camargo Neto e João Victor Maciel Gonçalves, não quiseram comentar o assunto. Eles também são os mesmos advogados que defendem o filho dela no processo do caso do acidente do Porsche. Fernando continua preso preventivamente na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista. O empresário é réu no processo no qual é acusado de homicídio qualificado por "perigo comum" (ter colocado a vida de outras pessoas em risco) cometido na modalidade de "dolo eventual" (por ter assumido o risco de matar o motorista Ornaldo) e "lesão corporal gravíssima" (ao ferir seu amigo Marcus). Recursos na Justiça Veja como foi saída de motorista do Porsche de casa de pôquer antes de acidente A Promotoria acusa o empresário de beber e provocar um acidente de trânsito a mais de 100 km/h na via. O limite para o trecho é de 50 km/h, mas laudo do Instituto de Criminalística (IC) indicou que o Porsche bateu no Sandero de Ornaldo a 136 km/h. Quando foi interrogado pela Justiça, por videoconferência em agosto de 2024, Fernando voltou a negar que tenha bebido. Em dezembro deste ano, a defesa do empresário entrou com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com sede em Brasília, pedindo a mudança do crime de homicídio por dolo eventual para homicídio culposo (sem intenção de matar). Daniela Andrade aparece em vídeo durante seu julgamento; ao lado, Fernando Sastre, seu filho, quando foi interrogado pela Justiça Reprodução Os advogados também pediram a retirada da qualificadora do "perigo comum". No entendimento da defesa, Fernando não colocou outras pessoas em risco durante o acidente que matou Ornaldo e feriu Marcus. O STJ negou o pedido liminar do habeas corpus. O mérito da solicitação ainda não foi julgado pelos demais ministros. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) só irá marcar a data do julgamento de Fernando após esgotarem todos os recursos da defesa dele nas instâncias superiores. A previsão é de que isso ocorra em 2026. Vídeo mostra momento da batida de Porsche em carro de motorista de aplicativo

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/12/04/caso-porsche-azul-mae-de-motorista-e-absolvida-da-acusacao-de-retirar-bebidas-do-carro-de-luxo.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Top 10

top1
1. SAUDADE

JEAN TASSY

top2
2. NOTA 5 ...

FELISHIA

top3
3. TUDO E POSSIVEL ...

CARLAO GUERREIRO DA LESTE E DJ.BIBI..

top4
4. SAI DA BOTA ....

DOW RAIZ ,SOMBRA ,SANDRAO RZO,TIO FRESH

top5
5. SONHEI ...

JEAN TASSY

top6
6. vacilao

HELOISA LUCAS

top7
7. STOP,LOOK LISTEN TO YOU HEART

MICHAEL MCDONALD E TONI BRAXTON

top8
8. A CAMINHADA

CRIS SNJ

top9
9. " LIGACOES "

MERIKI

top10
10. " melhor som "

C!BELLE


Anunciantes