Caminhos de Mogi: do ritmo lento ao crescimento acelerado

  • 01/09/2025
(Foto: Reprodução)
A pequena cidade de Mogi das Cruzes em 1939, com limites urbanos bem definidos Reprodução / Memória Fotográfica de Mogi das Cruzes Os caminhos de Mogi das Cruzes se desenvolveram em uma época que a cidade tinha um ritmo de vida mais lento. Por muitos anos, apenas carroças, cavalos e pedestres circulavam pelas estreitas ruas da cidade. Ao longo dos seus mais de quatro séculos, o município busca encontrar um equilíbrio entre as ruas tradicionais do centro e vias modernas. ✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp Essa reportagem faz parte de uma série de matérias em comemoração aos 465 anos de Mogi das Cruzes, celebrados nesta segunda-feira (1º). Na passagem dos anos 60 para os 70, as universidades e a rodovia Mogi-Dutra provocam um crescimento tanto da população quanto de expansão da área urbana. Mogi das Cruzes aos poucos perde as característica de cidade pequena em plena Grande São Paulo. De acordo com o arquiteto e urbanista Paulo Pinhal, as novas ligações viárias reaproximaram Mogi das principais rotas econômicas do Estado, estimulando o surgimento de novos bairros, investimentos e um fluxo maior de pessoas e oportunidades. Leia também: Caminhos de Mogi: rua Ipiranga conta história da cidade Caminhos de Mogi: vila, caminho real e expansão “Outro grande marco para o desenvolvimento local foi o fortalecimento do ensino superior na cidade. Primeiro com faculdades e, depois, com universidades. Mogi das Cruzes ganhou destaque nacional como polo estudantil durante os anos 1980”, afirmou. Com isso, aparecem os primeiros gargalos no sistema viário, fruto do aumento no número de estudantes, carros e movimentação diária. A estrutura da cidade não conseguiu acompanhar o seu desenvolvimento econômico e o crescimento populacional. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Sentran), em 2010 a frota de veículos da cidade era de 162.752, enquanto em 2025, esse número já está em 297.780 veículos. Isso significa que só nos últimos 15 anos houve um aumento de 82,96% de veículos circulando, mas as ruas continuam as mesmas. “Ao longo das décadas, Mogi das Cruzes sempre deixou as questões de mobilidade e acessibilidade em segundo plano. Faltou visão de longo prazo e investimentos que acompanhassem o crescimento populacional e o surgimento de novas demandas urbanas.” A rua Ipiranga por exemplo, com seus 1.810 metros, é uma das principais rotas para quem entra e sai da cidade desde o Brasil colonial, existindo há pelo menos 400 anos. É uma das maiores e mais movimentadas da cidade, com circulação de 3,8 mil veículos por hora, com um dos trânsitos mais intensos de Mogi, mas sem previsão de sofrer alguma alteração. “Isso acontece por falta de planejamento, virou quase uma ‘marca registrada’ até nos bairros mais novos. Muitas ruas ainda são apertadas, mesmo com tanto espaço disponível no município.” complementa Pinhal. Novo sistema viário Em 2025, a Prefeitura anunciou um novo sistema viário com o objetivo de aliviar o trânsito de Mogi das Cruzes em diversos pontos. Entre os pontos do projeto está a construção de uma via que vai ligar a avenida Francisco Rodrigues Filho, a rotatória da avenida Waldemar Costa Filho e a avenida Antônio de Almeida, criando um novo corredor de acesso ao centro. Segundo a Prefeitura, a conexão deve facilitar o fluxo de quem vem de regiões densas como César de Sousa, direcionando o trânsito com mais fluidez e rapidez. Além disso, o novo sistema prevê a implantação de uma ponte estaiada sobre a linha férrea que irá reestruturar e dar mais fluidez à caótica a Praça Kazuo Kimura, mais conhecida como rotatória do Habib's. O programa planeja também a duplicação da Avenida Pedro Romero com a adição de uma nova faixa de rolamento, melhorando o acesso e a infraestrutura viária em uma das principais ligações da região. De acordo com o urbanista Paulo Pinhal, o principal desafio agora é aprender com o passado para fazer certo no futuro. “É necessário buscar inspiração em experiências bem-sucedidas de outras cidades e colocar em prática políticas públicas que preparem Mogi das Cruzes para um crescimento sustentável, inovador e inclusivo.” Mas existem outras medidas que podem ser tomadas para a construção de uma Mogi mais moderna e melhor organizada. Para Pinhal, as ruas não são o único problema. “A cidade precisa atualizar as regras de uso do solo e exigir que novas ruas tenham largura adequada, incentivando bairros mais bem planejados. Além disso, é importante melhorar os ônibus, ciclovias e até criar faixas exclusivas, o que pode ajudar a tirar carros das ruas e facilitar a vida de todo mundo.” Apesar do crescimento que não cansa de bater na porta quem vive na cidade paga um preço alto por este desenvolvimento. E, por isso, Pinhal acredita que a população pode contribuir com sugestões para o desenvolvimento de Mogi. “O sistema viário idealmente deveria ser planejado de forma participativa, envolvendo toda a sociedade no processo. Dá tempo de mudar esse cenário, mas é urgente agir agora.” *sob supervisão de Gladys Peixoto Mogi das Cruzes apresenta novo Sistema Viário Assista a mais notícias

FONTE: https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2025/09/01/caminhos-de-mogi-do-ritmo-lento-ao-crescimento-acelerado.ghtml


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